Capítulo 6
Mesmo sabendo que não poderia pensar em Junsu como um futuro romance, eu não sabia como evitar.
Mesmo sabendo que a carta era apenas vinda de um afeto, eu a mantinha
grudada ao corpo, mesmo após acordar pela manhã.
Creio que muitos concordariam comigo se eu dissesse que após o que
aconteceu e após a carta (que não era de amor), a expectativa, mesmo não
querendo, acaba sendo grande, e eu, infelizmente (mesmo), estava assim. Fiquei
esperando que ele acordasse de repente de novo. O que não aconteceu.
Foi aí que eu decidi que era tudo coisa da minha cabeça e que, na dele,
só estava começando uma boa amizade. Decidi, também, entrar de cabeça nessa
amizade pra evitar maiores frustrações, e então todas as vezes que ele fizesse
algo que me derretesse, eu repetiria o mantra: “Amizade também é amor.”, e
assim seguiria.
Digamos que aquele dia foi tão tedioso quanto todos os outros que
antecederam o anterior. Minha chefe ameaçou-me uma advertência por ler uma nova
mensagem da minha amiga-super-empolgada-para-me-ver, minha colega de trabalho,
que costuma conversar comigo evitando que o tempo pise em ovos, faltou por ter
ficado muito doente e o Junsu, bem, não o via desde a tarde anterior. Eu sei,
decidi que “amizade também é amor”, mas um deslize inicial é normal. E eu não
voltaria para casa depois do serviço, por ter um trabalho em grupo na
biblioteca da faculdade, o que transformava tudo em uma eternidade sem fim.
Tudo, tudo mesmo, parecia conspirar contra mim.
Cheguei em casa com uma dor de cabeça daquelas, pensando apenas em
dormir. Entrei no quarto e mais um envelope me aguardava.
O abri e li sem expectativa nem vontade.
“Ali,
Se sentir saudade ou vontade de conversar, bata na porta do “meu”
quarto.
Se quiser meu número, para manter contato, responda a carta.
E se quiser me passar seu número, para maior contato, bem, responda a
carta.
Até (provavelmente) amanhã.
Kim Junsu. ”
Certo, listando:
1 . Sim, eu estava com saudade, mas com muita dor de cabeça e sem
vontade nenhuma de conversar.
2 . Sim, eu queria o número dele para manter contato, mas com muita dor
de cabeça para escrever.
3 . E sim, eu queria passar meu número para maior contato, mas... o
mesmo quesito acima.
Concluindo (mentalmente): Dormir e esquecer tudo isso.
Há três meses eu escrevi uma fanfiction bem romântica de Gaara, um personagem aparentemente frio, de Naruto. Quis expor uma parte dele que não é feita nem mesmo no mangá.
Foi um tremendo desafio, mas como preciso aprender a criar histórias curtas, estou treinando.
Garanto que será uma história bem interessante. Mas postarei somente quando eu terminar minha Fic Gift. ♥
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